Matemática do povo Chokwe do Camaxilo: demonstrações geométricas dos caçadores Chokwe como arte, cultura e educação inclusiva em sala de aula de matemática convencional – Angola

Autores

  • Carlos Mucuta Santos Autor

Palavras-chave:

ráticas matemática do povo Chokwe, Ensinar para transgredir, Resistência ao apagamento

Resumo

Este trabalho que é um recorte da minha tese de doutoramento, pretende mostrar como a colonização ocidental foi uma grave violência à africanidade, não somente na sua brutal ocupação dos espaços geográficos dos povos africanos colonizados, mas sobretudo na destruição e aniquilamento do conhecimento destes nos espaços cognitivos. As práticas de geometria pelos caçadores chokwe desde antiguidade, mesmo silenciadas pela epistêmica eurocêntrica, continuam a prática de sobrevivência deste povo, até fora do Camaxilo, como elemento de resistência ao apagamento cultural. Considera-se que o reconhecimento destes saberes chokwe na sala de aula, é respeito a cultura e dignidade deste povo, pois a interculturalidade do conhecimento permite diálogo entre o conhecimento eurocêntrico e saberes matemáticos chokwe e dos outros povos de Angola. Se faz a pesquisa para persuadir, se possível, a inserção destes conhecimentos no sistema de ensino angolano. Se faz recurso as dimensões da etnomatemática buscando a formação de professores decoloniais como uma das soluções para a preservação da cultura dos povos de Angola, invocada na Constituição da República e a LBSEE – Leis de Bases do Sistema de Ensino e Educação de Angola.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Publicado

2025-05-23

Artigos Similares

1-10 de 22

Também poderá iniciar uma pesquisa avançada de similaridade para este artigo.